domingo, 22 de abril de 2012
Sinal de vida
João, querido,
cheguei bem. Na sexta tomamos uma garrafa e comemos aquela tal pizza de pêra com cambert, que eu e você nunca conseguimos comer juntos. Comi com seu desejo e vou te contar que foi das vezes mais deliciosas. Se eu fosse você, corria agora pra lá.
Peguei um avião estranho; pessoas bateram palmas quando aterrissou. Fiquei com medo. Será que elas sabiam de algo que eu ignorava? Que seja. Lembrei de te perguntar se precisa de teste de charme para ser aeromoça. É realmente impressionante, deve precisar.
Olha, não pude te escrever antes porque não parei desde quando cheguei. Brasília é uma das cidades mais estranhas que já vi. Por vezes, me sinto numa maquete escolar. Num jogo de computador, com um céu tão bem programado quanto as ruas que não têm cruzamentos. Ah, que céu...! Esse lugar deve ter uma sala de controle só para as nuvens, com um cara que espalha chumaços de algodão no azul do teto.
J. é uma anfitriã incrível. B. cresceu, assinalou as curvas, põe vermelho na boca e é uma mulher linda. Eu poderia falar horas sobre esses dois dias, mas não tenho muito tempo agora; Caetano vai cantar no cerrado.
Com carinho,
T.
ps: você é, de longe, o melhor vendedor de geladeiras que já vi.
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Bater palmas quando o avião aterriza soa como se o natural fosse que ele não aterrizasse.
ResponderExcluirCerrado é mágica.
Minha querida,
ResponderExcluirVocê não sabe, mas fui eu que mandei fazer o céu de Brasília só pra você ver. E as nuvens tolas...mas está bem se você gosta.
Preciso do endereço de onde você está. Encomendei flores do cerrado, com cheiro de saudade (e desejo). Preciso dar um jeito de mandar te entregar.
De qualquer modo, volte logo. Esta geladeira está mais fria sem você.
Carinho do seu eterno admirador, Rômulo.
Em tempo: não entendi bem a questão do índio, mas... se você gosta, também acho ótimo.